Anteriormente o streaming, porém, foi descontinuado depois de um tempo

Após mais de um ano do encerramento do serviço de mangás da Crunchyroll, a Sony anunciou durante a CES 2025, em 6 de janeiro, que um novo serviço de mangá está a caminho, com previsão de lançamento ainda em 2025.

O serviço será uma versão premium, com o nome Crunchyroll Manga, reutilizando o nome do antigo aplicativo da empresa. Inicialmente, estará disponível apenas para dispositivos Android e iOS, com planos de incluir suporte para navegadores futuramente, um movimento contrário ao serviço anterior.

Crunchyroll anuncia aplicativo para ler mangás para 2025
Imagem: Crunchyroll

A Crunchyroll não revelou se haverá um custo adicional para o novo serviço; o aplicativo anterior era exclusivo para assinantes pagos, oferecendo uma única modalidade de assinatura.

A Crunchyroll planeja expandir o app para outros idiomas além do inglês, embora seja importante ter cautela. Isso porque, anteriormente, a empresa havia prometido que o Crunchyroll Manga também teria suporte para outros idiomas, mas essa promessa nunca foi cumprida.

Aquisição da Kadokawa pela Sony e possíveis implicações para o novo serviço

Crunchyroll anuncia aplicativo para ler mangás para 2025
Imagem: Crunchyroll

No final de 2024, a Sony adquiriu 10% das ações da Kadokawa, um dos maiores conglomerados japoneses de entretenimento, atuando em mangás, livros, animes e jogos. O COO da Sony, Hiroki Totoki, comentou que a aliança com a Kadokawa pretende fortalecer a estratégia global de “media mix”, incluindo livros. Com isso, a Crunchyroll parece se integrar ainda mais a esse plano, não apenas como distribuidora de animes, mas também de mangás e possivelmente novels.

Nos Estados Unidos, a Kadokawa é uma das acionistas da editora Yen Press, e a Crunchyroll pode proporcionar um alcance global maior, similar ao modelo de negócios da Manga Plus, da Shueisha.

Tensões internas e desafios para o serviço de mangás

Crunchyroll anuncia aplicativo para ler mangás para 2025
Imagem: Crunchyroll

A recente reportagem da Bloomberg sobre as tensões internas na Crunchyroll revelou que muitos funcionários sentem que a nova gerência não entende bem o público. Em relação ao serviço de mangás, a Bloomberg citou que, no modelo anterior, os usuários podiam maratonar títulos entre as temporadas de animes, sem precisar pausar a assinatura ou comprar produtos colecionáveis. Apesar de a Crunchyroll divulgar pouco sobre o serviço de mangás, o catálogo incluía títulos de grande sucesso, como Attack on Titan, além de várias opções de nicho. No entanto, a falta de traduções para outros idiomas dificultou o sucesso global, limitando sua popularidade fora dos Estados Unidos.

Com o retorno do serviço, ainda é incerto se ele é resultado de negociações com a Kadokawa, de um reposicionamento já planejado pela Crunchyroll ou de uma combinação de ambos.

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